Minha família vem de gerações de cristãos que trabalham no exterior. Outro dia eu estava caminhando com a minha mãe e ela estava comentando sobre como as coisas estão diferentes de quando ela vivia em outro país. 

Na verdade, a grande diferença é que eles foram obreiros tradicionais num país aberto e nós vivemos num país fechado como empresários cristãos. Então eu pergunto: “As missões mudaram?”. Minha pronta resposta seria: “Claro que sim…”. Mas… 

Se pensarmos direito, missões” não mudou… Igreja ainda tem o mesmo mandamento de ir ao mundo todo e pregar o Evangelho de Jesus Cristo.  

Ao mesmo tempo alguma coisa está diferente… Os países que ainda precisam ser alcançados não são receptivos ao Evangelho ou a receber obreiros tradicionais que levem as Boas Novas. 

Por este motivo, a necessidade por Fazedores de Tendas assumiu o protagonismo. É verdade que nosso trabalho como Fazedores de Tendas nos dão visto de residência nos países, mas, mais do que isso, ele nos dá identidade, confiança nos relacionamentos e coragem para proclamarmos. 

Abrindo as portas 

Muitos países bateram as portas na cara do Cristianismo, gostemos disto ou não. Alguns estão apenas fechados, outros parecem ter sido trancados e parafusados pelo lado de dentro. Então qual é a chave que abrirá essa porta? 

Obreiros tradicionais não possuem essa chave; na verdade, eles podem trancar ainda mais a porta. Todas as nações do mundo estão buscando desenvolver seus países, especialmente economicamente. Lideranças governamentais estão em busca de investimento e desenvolvimento. Que oportunidade temos de responder a esse chamado: uma porta aberta, para investir nossas vidas através dos negócios ou sendo empregados nesses países! 

Fazedores de Tendas” é a chave que abrirá estas portas fechadas para a luz de Jesus. 

Quem é você? 

Qualquer um que trabalhe no mundo árabe já ouviu aquelas perguntas incômodas, do tipo: “O que te fez largar a terra das oportunidades para vir trabalhar no meu país?”. Se você estivesse no meu lugar, eu realmente não sabia o que estava fazendo ou o que eu ia fazer. Eu até tinha alguma ideia, mas era bem inseguro quanto à minha identidade. 

 Eu estava procurando por qualquer coisa que me desse uma permissão de residência. Nos últimos 10 anos meu foco mudou para a minha identidade, ao invés do visto. A questão da identidade é crucial para estabelecer um ministério de longo prazo num país fechado. Como um “BaMer”, você tem a oportunidade de construir uma identidade válida na comunidade. 

Você pode construir uma sólida identidade profissional com muita oração, pensamento estratégico, trabalhando duro e planejando, ganhando assim a confiança da comunidade. 

Relacionamentos são fundamentais 

“Como eles saberão se ninguém lhes disser.?”. Como eles poderão saber se ninguém interage com eles? O poder da presença! Todo mundo sabe o quão importante é estarmos na comunidade para termos oportunidades de compartilhar. 

Eu, de verdade, acredito que cada um de nossos empreendimentos comerciais deveriam nos proporcionar relacionamentos locais. Cada relacionamento abre portas para a família e oportunidades para sermos a luz de Cristo; seja através de amigos, empregados, associados ou clientes. 

Precisamos ser intencionais quanto a esses relacionamentos e no tempo que gastamos dentro e fora do trabalho. Uma coisa que nós exigimos para começar qualquer novo negócio é um VSP (Vision & Strategy Paper – Documento de Visão e Estratégia) traçando como o novo negócio vai criar oportunidade para proclamar. 

Quão ousado devo ser? 

Alguns anos atrás eu estava conversando com um amigo que é dono de uma empresa de esportes radicais. Ele estava compartilhando que à medida que a empresa foi se tornando mais viável, sua ousadia cresceu. À medida que se tornou mais confiante na sua identidade profissional, isso também permitiu que se tornasse mais confiante para compartilhar. Seus amigos não pensam nele como alguém que só quer convertê-los, mas como um verdadeiro cristão vivendo e compartilhando sua vida entre eles. 

Concordo demais com esse ponto de vista… a ousadia cresce à medida que nossa identidade se estabelece. 

Se assumirmos o BaM como um esforço para honrarmos a Deus e nos aproximarmos, no sentido, de “trabalharmos para o Senhor”, acredito que isto abrirá as portas fechadas para o Reino de Deus.