BAM: de onde isso veio?
A primeira vez que ouvi o termo “BAM” (Business as Mission) me senti capturado por este conceito relativamente simples: começar um negócio do Reino para ter acesso a países fechados para o Evangelho de Jesus Cristo. Que ideia brilhante! Vamos fazer isso. Mas, 13 anos depois, pergunto a mim mesmo: “Cutucamos um gigante que não estamos preparados para enfrentar?”. Comecei, então, a aprofundar meu olhar sobre o que temos requisitados do nosso pessoal…
Começar um negócio
Estatísticas apontam que 95% dos pequenos negócios fecham nos 5 primeiros anos. Portanto, começar um negócio é uma tarefa extremamente difícil.
… transculturalmente,
Cada vez que você entra em uma nova cultura, gasta tempo e energia para compreender como se relacionar e viver nesse novo contexto. Viver em outra cultura já pode ser um enorme desafio para muitas pessoas, e começar um negócio num contexto transcultural pode fazer suas vidas ficarem ainda mais difíceis.
… numa nova língua,
Comunicação é essencial para estabelecer um empreendimento forte, mas o que fazer se você não fala a língua local? O que fazer se você não pode expressar suas necessidades, sentimentos e desejos na cultural local?
… usando pessoas que não são do mundo dos negócios,
Quando entrei na sala de emergência com minha filha, eu fiquei tão feliz de ver médicos que foram treinados profissionalmente para tomarem conta dela. Eu jamais consideraria levá-la para um tratamento com pessoas sem treinamento médico. Ainda assim, tenho percebido que em muitas startups BAM, tendemos a escolher pessoas sem qualificação profissional para administrar estas iniciativas.
… recebidos pelo povo local,
Quando buscamos viver na comunidade com nossos amigos locais, precisamos ser cuidadosos para não criarmos um negócio que trará barreiras desde o começo. Ideias que trazem competição ou tiram empregos das empresas locais não serão bem-vindas.
… criando relacionamentos.
Se o objetivo final da sua vida é proclamar o nome de Jesus, você deve procurar estabelecer o seu negócio de forma a permitir que tenha interações diárias com a cultura local. Objetivo não é ter um negócio de sucesso com um ministério caminhando ao lado.
Tudo isso soa como algo impossível?
SIM!
Mas nada é impossível para Deus. Ele vai nos dar o que é necessário para fazer o que Ele nos chamou para fazer.
Sabemos, no entanto, de uma coisa: Ele não nos chamou para fazermos todo o trabalho sozinho, mas nos deu o Corpo de Cristo. Como parte deste Corpo, estamos buscando maneiras de ajudar os que possuem menos experiência em negócios transculturais e auxiliando-os a criarem uma identidade legítima, que os permitirá a viver como luz de Cristo. Acima de tudo, dependemos do Espírito Santo e de um relacionamento íntimo com Jesus para sabermos e declararmos quem Ele é.
Por Toby Miles.